Cardiologia - Dr. Aloísio Rocha
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Cardiologia

Vivemos uma época de grandes avanços na Cardiologia. Novos tratamentos para hipercolesterolemia, insuficiência cardíaca e proteção cardiovascular no paciente diabético, entre outros, mostram cenário bastante promissor na redução de riscos na principal causa de mortes no mundo moderno.

Foi recentemente divulgado, no congresso do American College of Cardiology, estudo que mostra redução de infarto e acidente vascular encefálico em pacientes de alto risco cardiovascular que não conseguiram atingir suas metas de LDL-Colesterol (o famoso colesterol ruim) com o uso de estatinas, até então a base deste tipo de tratamento. O estudo Fourier, que avaliou um novo mecanismo de ação para o tratamento do colesterol, demonstrou claramente que a redução do LDL-Colesterol para níveis ainda não atingidos previamente (em torno de 35 mgdl) foi segura e eficaz. O evolocumab, anticorpo monoclonal contra uma proteína especifica na regulação do colesterol (PCSK-9) utilizado neste estudo, usado em injeções subcutâneas a cada 15 ou 30 dias e associado ao uso habitual de estatinas, mostrou que podemos avançar muito no tratamento da aterosclerose. Embora já aprovado pela ANVISA e já disponível para uso no Brasil, o tratamento e muito caro e não deve ser utilizado sem que sua indicação seja bem estabelecida e ser seguido por minucioso acompanhamento clinico, visto tratar-se medicamento recém lançado.

Pacientes diabéticos apresentam elevado risco de graves eventos cardiovasculares, como infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral e internação por insuficiência cardíaca. Até recentemente, nenhum tratamento para o diabetes tinha resultado em redução de risco cardiovascular. Uma nova classe de anti-diabeticos, os inibidores da SGLT-2, há poucos anos no mercado mostrou redução expressiva nestes eventos e, mais ainda, redução na mortalidade destes pacientes. Mais estudos estão em andamento para avaliar qual o real potencial de benefícios.

A fase final da maioria das doenças do coração, a insuficiência cardíaca, leva a redução expressiva da qualidade de vida dos pacientes. Limitações as atividades diárias causadas por falta de ar, cansaço e inchaço promovem redução da capacidade produtiva e mesmo restrições ao convívio social. Além disso, há alta mortalidade com redução da expectativa de vida. Apesar de termos evoluído muito no seu tratamento, há muitos anos não havia novidade significativa nesta área. Em 2013 foi publicado estudo cientifico com uma nova classe terapêutica, um inibidor de enzima especifica chamada nepresilina, associado a um inibidor do receptor da angiotensina II, chamado sacubitril-valsartana, demonstrou melhora da qualidade de vida, com menos internações e limitações as atividades e ainda, redução na mortalidade. Em breve estará disponível no Brasil, mas como todo tratamento novo, deve ser avaliado por especialistas na área, com seguimento minucioso de seus efeitos.

Paciente idosos são os afetados por um desgaste de umas das válvulas do coração, a válvula aórtica, muitas vezes necessitando de cirurgia para troca por uma prótese. Muitos destes mesmos pacientes apresentam risco elevado para esta cirurgia, visto que idosos frequentemente tem outras doenças associadas. Há alguns anos um tratamento menos invasivo, no qual não há a troca cirúrgica da válvula, e sim um implante de uma prótese por cateter (TAVI), surgiu como alternativa para estes pacientes de alto risco cirúrgico. Com a evolução da técnica, estudo apresentado no Congresso do American College of Cardiology, mostrou que este procedimento pode ser uma alternativa segura também para pacientes de risco com risco mais baixo. Evidencia de que a tecnologia pode tornar a cardiologia cada vez menos invasiva.

Principais Patologias Cardiológicas

  • Angina;
  • Arritmia;
  • Ataque cardíaco (infarto agudo do miocárdio);
  • Doença cardíaca congênita (cardiopatia congênita);
  • Doença vascular periférica;
  • Endocardite;
  • Insuficiência cardíaca;
  • Miocardite;
  • Hipertensão;
  • Dislipidemia (colesterol elevado).